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Foto do escritorWellington Cerqueira

Holanda confirma o encerramento das fronteiras com a União Europeia em dezembro.


De acordo com o governo holandês, liderado por um partido contrário à imigração, o controle começará em dezembro e deve se estender por seis meses; a meta é frear os fluxos migratórios. País faz parte do espaço de livre trânsito de pessoas estabelecido pela União Europeia.


Nesta segunda-feira (11), a Holanda anunciou que irá encerrar sua fronteira terrestre com a União Europeia a partir de dezembro.



O fechamento começará em 9 de dezembro e durará seis meses para regular os fluxos de migração para o país, conforme anunciado pela ministra da Migração, Marjolein Faber.


A Holanda limita-se por terra com a Bélgica e a Alemanha, nações que fazem parte do Espaço Schengen, um espaço de livre trânsito para cidadãos e produtos da União Europeia. Em circunstâncias excepcionais, os países do Espaço Schengen possuem permissão para encerrar suas fronteiras.

Para entrar na Holanda vindo de um país da União Europeia, será necessário submeter-se a controles de fronteira que o governo implementará durante o período. Alguns voos provenientes de países da União Europeia também passarão por controle de passaporte, embora o governo ainda não tenha especificado quais.

A ação integra um conjunto abrangente aprovado em outubro deste ano para frear a imigração do governo do primeiro-ministro, Dick Schoof, que comanda uma coalizão de direita no poder desde julho.

"Nosso objetivo é fazer com que a Holanda seja o menos atraente possível", afirmou a ministra da Migração, de extrema direita.

O pacote também veda a entrada de acompanhantes de requerentes de asilo, além de declarar áreas da Síria, país atualmente em conflito, como seguras. Isso permite que os agentes de imigração holandeses recusem vistos de refugiado a cidadãos sírios. A Holanda é um signatário do Estatuto dos Refugiados da Organização das Nações Unidas (ONU), que estabelece a concessão de vistos de asilo e refúgio a cidadãos provenientes de países ou regiões em conflito.

As ações foram solicitadas pela ala de extrema direita da aliança, liderada por Geert Wilders, que se declara antimuçulmano e é contra um acordo proposto pela União Europeia para uma política de asilo unificada para pessoas deslocadas por conflitos armados.

A declaração da Holanda é parte de um movimento anti-imigração que se manifesta em diversos países europeus, incluindo França e Alemanha. Recentemente, o governo da Alemanha também estabeleceu barreiras em regiões fronteiriças com nações da União Europeia, e o novo primeiro-ministro francês manifestou o desejo de implementar medidas semelhantes.

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